sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

"..ele completa ela e vice-versa, que nem feijão com arroz."

Memórias esquecidas na caixinha de papelão, que transbordam a alma e transcedem o tempo; memórias que se tornaram banais. Café com pão, café com pão.
Memórias diárias, memórias de noite, memórias de dia, memórias que a gente sente, o ontem em preto em branco, transformado no todo-dia. Café com pão, café com pão.
Memórias inodoras, insípidas, invisíveis. intocáveis aos atos, fatos amáveis aos palatos. da alma, do ser, do querer. Cavidade que separa o meio do fim, o início de mim. Café com pão, café com pão.
Memórias vão .. e .. vem,
vem .. e .. vão,
vão .. e .. vem.
Logovoltam.
Fica tudo guardado no tato da gente, no tato da mente, tu tá tatuado, inscrito, transcrito, bordado e pintado, há uma semana germinou a semente. Café com pão, café com pão.
Presente, passado, futuro. Tododia, tododia, tododia. rotina da vida, caixinha de música, passado imutável, completável, ponte pro tudo. café com pão, café com pão.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Brincando de palavras.

O medo da gente, semente dos atos, impede de errar. O medo da gente toma a mente e faz nem caminhar! Incertezas fazem dos caminhos mais estreitos, feitos, andados de mãos dadas com o medo; ai que medo, ai ai que medo de errar.
Certeza, proeza, prosa na mesa, relaxa, se acha, tudo volta pro lugar. Atalhos, retalhos, fazem metade de mim, pedaços espelhados guardados num belo jardim. Desata, manda embora, vai e cai fora, flora, beleza, e sorri. Engole o medo, medo mal, sai do peito, sai do leito, e não volta. Dorme agora, xiu, tá lá fora, perdeu-se na noite, a gente carente só sente que como por acidente a vida se vira, acontece e virá.

domingo, 18 de janeiro de 2009

Você se conhece?
Como descreve sua alma? Como descreve a si mesmo?
Afirmo eu, que mil pensamentos lhe passarão pela cabeça, mas como num bloqueio inexplicável, nenhum, ou ao menos a maioria deles, lhe passarão pela boca.
Adjetivos genéricos, frases soltas e palavras sem sentido algum aos ouvidos; á isso se resume nossa consciência á respeito de nós mesmos.
Como num mistério imposto pela própria vida, nós nos damos nos simples atos como sorrisos, abraços e amassos, olhares e certezas.
Ahh, os olhares! Transmitem em fração de segundos sentimentos que a boca custa a decifrar!
São essas palavras um tanto previsíveis, óbvias; mas que fazem despertar no coração o sentido que elas impõe aos olhares, espelhos da alma e do nosso ser mais escondido, aquele que nem nós mesmos sabemos que existe!
Afinal, que graça teria a vida se nos conhecessemos a fundo? A graça é fazer dela um quebra-cabeça, daqueles que mesmo ao fim, sempre falta um parte, e é essa que tentamos encontrar no outro, assim existe o amor :)
Mistério dos mistérios, oculto na sua forma mais bela nas profundezas dos sentimentos, é o AMOR, o sentido da vida, a brisa que nos move no tempo, na imensidão que nos rodeia.

"É o amor, é só o amor, que conhece o que é verdade".