segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Dentro.

Aquelas coisas que lhe rodeiam os pensamentos, mas teimam em não virar palavras.


quarta-feira, 20 de julho de 2011

Porta-retrato.

E vivia de "como se".

Pois era como se tivesse força, mas não tinha.

Era como se soubesse sentir, mas não sabia.

Era como se entendesse fórmulas, mas não, ela não entendia nada.

Era toda como se.

domingo, 10 de julho de 2011

Silêncio em nós.

Permaneço tempo demais olhando, séria - até mesmo cética - as palavras não se sonorizam além de meus pensamentos. Me perco nas órbitas encantadas das coisas que quero dizer.
É seu olhar, esse seu abismo em que me perco, caio e não volto. Tento me segurar em um obstáculo qualquer, mas ainda assim algo dentro de mim quer sentir o chão, pois quem sabe assim eu encontre as letras que faltam para completar as palavras, aquelas inexistentes à audição. Sim, à audição. Porque meus olhos, traiçoeiros, as deixam escapar claras, nítidas. E esse tempo, esses segundos perdidos na exatidão de um infinito me traem ainda mais. Dão corda às artimanhas que arquitetam sonhos e mais e mais incertezas.. O hoje, o amanhã, o ontem, o que não foi, o que será (ou não). É nesse momento que capto você pra mim. Você de mim. Você dentro de mim. Você mim. Olho pra você sem ouvir o barulho da cidade, dos carros, do som ao fundo, e procuro minuciosamente por algo que eu ainda não conheça,, e tudo que eu quero é provar desse pedaço do paraíso sem pensar em mais nada. E não dói. Me sinto confortada pelo infinito dos segundos, pelo abismo nos olhos e até mesmo pelas palavras que teimam em ficarem caladas dentro daquilo que nem eu sei o que é!
Só posso pensar em mim.Você. Nós.
Nós.
Nós somos nós.
Dois. Atados fortermente. Enroscados na enrascada de querer.