quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

yard me.

encontro-me. perco-me ao amanhecer.
Minh'alma inerte, sucumbida à pele que me rasga, é a mesma que outrora gozou do mais divino bem querer; este mesmo que como ácido corroeu-me as entranhas e fez-me sentir o mais sublime toque aveludado da carne crua e anseante por ti.
Teu leito agora vazio, excede-me o desejo, tuas formas cabidas nas minhas envoltas pela sutileza de suspiros insaciáveis. Anseio teu beijo contornando-me espaços, e muda, estática, lhe acaricio lavando-me do delírio que me toma e derramo em ti a singularidade de um corpo, apenas.
Deixa-me afogar em ti, amada minha. Deixa-me querer. Deixa-me envolver e fundir em carícias amor oprimido, despido, carnal.
Voltas? Devora-me. encontra-me. perca-se.

PS.: o título (yard me) é um anagrama de "my dear". significa "encurrala-me"

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